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Disputa entre Mata Ciliar e VOA-SP é tema do GiroND

O embate entre a Mata Ciliar e a VOA-SP, concessionária que administra o Aeroporto de Jundiaí, foi tema desta edição do GiroND. A polêmica começou quando a associação foi notificada pelo consórcio de aeroportos privados para desocupar uma área de quase três hectares que pertence ao aeroporto de Jundiaí.

A advogada da Mata Ciliar, Juliana Oliveira, alega que segundo o que prevê este decreto, a área que seria repassada à VOA-SP seria dividida em dois. “Acontece que habita em recintos lobos guarás, onças, jaguatiricas, felinos, em um total de aproximadamente 100 espécies que já estão sofrendo com a agitação do início da limpeza do terreno”, explica.
Durante a entrevista, Juliana revelou que a associação já fez contato com o promotor público do Meio Ambiente, Claudemir Batalini. “Faltava apresentar documentos que comprovasse a situação da Mata Ciliar e a ameaça pela qual está sofrendo a fauna e a flora”.

Juliana lembra que, inicialmente, a área em discussão não foi concedida à VOA-SP, mas ao DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo). Somente agora, há dois anos, a concessionária se apossou do terreno e realizou um levantamento topográfico que vai permitir desenvolver o projeto de modernização e ampliação.
“A direção da Mata Ciliar informou que ficou surpresa com a informação, porque está no local há 25 anos graças a um convênio com o Centro Paula Souza”, recorda a advogada.

Juliana reforça que a Mata Ciliar recebe, por dia, até 30 animais, e não possui um lugar para levar estas espécies, caso a desocupação da área se concretize. “Precisamos encontrar uma alternativa que não seja apenas paliativa, mas definitiva”, conclui.

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