Do comando de sindicato para a Câmara

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Jundiaí (Sindserjun) quer deixar o cargo e já está licenciado. Mas, calma. Ele não é um desistente. Aparecido Luciani já é pré-candidato a vereador pelo Partido Verde. A licença é por conta da legislação eleitoral, e deixar o cargo significa ser eleito.
Luciani foi militar do Exército. Quando deu baixa entrou para a Guarda Municipal de Jundiaí. Participou de diversos conselhos, inclusive do Iprejun (a previdência dos funcionários públicos) e elegeu-se presidente do sindicato.
No Sindserjun mostrou a que veio – comandou uma greve das funcionárias de creches, que conseguiram o aumento pretendido. “Em se tratando de sindicato, não adianta pregar uma coisa e fazer outra, diz ele. Nós lutamos pelo funcionário público, e no caso das funcionárias das creches, precisamos fazer a greve, que deu resultado. Hoje o funcionalismo público vê o sindicato com outros olhos”.
Com outros diretores, iniciou a elaboração de um plano de carreira. “Hoje é preciso uma adaptação constante, diz. Há 30 anos não existia computadores na Prefeitura. Hoje até as funcionárias da merenda precisam controlar compras e estoques por sistemas eletrônicos. Então não dá para exigir de um funcionário desse setor somente o primeiro grau. É preciso investir na formação profissional e intelectual”.
Luciani preza pela disciplina dos horários, herança de caserna. “Acredito que todos devem respeitar os horários marcados, afirma. Quem vai a uma reunião precisa chegar no horário. Não existe coisa pior do que ficar esperando. Particularmente, só me atraso se alguma coisa muito grave interferir no horário”.
É a primeira vez que concorre à Câmara, mas Luciani está confiante. “Temos propostas, temos um trabalho para mostrar e principalmente, temos boas intenções, afirma. E já estou preparado para gastar sola de sapato quando a campanha começar para valer”.
Em seu trabalho para se eleger vereador, Luciani conta com um reforço e tanto – a mulher o acompanha em quase todos os lugares – e quando mulher faz campanha (ou pré-campanha) com o marido a história é outra.