Cuidado com o Pokémon GO, alertam analistas de segurança

Embora os servidores brasileiros já tenham sido ativados para o Pokémon GO, indicando que o jogo deverá estar disponível no país muito em breve, os usuários do país não conseguiram esperar. Uma versão não autorizada do game está circulando nas lojas de aplicativos desde a data do lançamento.
Essa versão, porém, não é segura. De acordo com analistas da empresa de cibersegurança Kasper, a versão do app que existe no Brasil foi alterada com uma ferramenta de acesso remoto (RAT na sigla em inglês) chamada Droidjackm, permitindo que cyber criminosos controlem os celulares de quem baixa-la.
Essa invasão usa também da permissão que o app solicita para acessar o Wifi de usuários. Com os dados abertos, o app pode se conectar e desconectar da rede, acessando também outros aplicativos que estejam usando o mesmo wifi.
“Nestas versões não oficiais, usuários Android precisam ajustar a configuração do dispositivo de maneira que seja possível instalar arquivos com extensão APK, provenientes de fontes não confiáveis, prática considerada de alto risco”, diz um alerta da Kaspersky.
“A melhor maneira de proteger seu dispositivo e seu conteúdo é instalando aplicativos apenas nas lojas oficiais, além de complementar a blindagem do aparelho por meio de solução de segurança robusta”, afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky Lab.
Versão verdadeira
Usuários ao redor do mundo também temem que não estejam seguros usando a versão verificada do app.
Ao baixar o jogo Pokémon GO, os usuários permitem acesso a câmera e lista de contatos – para funcionalidades do próprio jogo – mas também à conta do Google dos usuários. Isso fez com que algumas pessoas temessem que o jogo obtivesse acesso a emails e outras informações pessoais.
Ao Business Insider, o criador do software de segurança McAfee, John McAfee, disse que este é o menor dos problemas com que usuários de tecnologia devem se preocupar. “Malware é qualquer coisa que espione você, saiba sobre a sua vida e descubra quem são seus amigos”, disse o especialista. “Até onde eu sei, não há nenhuma grande fornecedora de smartphones no mundo que não pré-instale malware em seus aparelhos”, crava.