Professor universitário, Paulo Tafarello deve disputar sua segunda eleição. A primeira foi em 2012 para vereador
Há algumas semanas, o PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) e o PCB (Partido Comunista Brasileiro) lançaram a Frente da Esquerda em Jundiaí – resolveram se unir para disputar a Prefeitura em outubro. Os partidos escolheram Paulo Tafarello, do PSOL, como pré-candidato a prefeito, e César Tayar, do PCB, como vice.
Taffarello é professor universitário – dá aulas de Sociologia – e, aos 34 anos vai para a segunda disputa. A primeira foi em 2012, quando estava no PT, e tentou ser vereador. Conseguiu 1.014 votos. Desde o começo de 2015 está no PSOL.
“Nosso grande projeto para Jundiaí é a implantação de um novo modelo político, diz ele. Fazemos política sem coligações com os partidos da vez, que estão aí há décadas”. Diz também não ter medo da reação do eleitorado, mesmo Jundiaí sendo uma cidade com fama de conservadora.
“Hoje as coisas são diferentes. O povo está entendendo que não é a esquerda a responsável por tudo de ruim que está acontecendo no país – diz ele. Foi-se o tempo em que o povo pensava que comunistas fechavam igrejas e comiam criancinhas. O Brasil está nessa situação por culpa dos partidos políticos, não da esquerda”.
Taffarello diz também que o projeto do PSOL é crescer a médio e longo prazos. “Nós vemos a política como um meio, não como um fim. Nosso crescimento não é imediato, mas a longo e médio prazos”, afirma.
Se eleito, tem planos generalizados. “Somos contra a terceirização dos serviços públicos – afirma ele – e temos a intenção de incrementar esses serviços, valorizando o funcionalismo. Também queremos fortalecer a participação popular em todas as decisões, além de mudar as relações políticas em nossa cidade”. Paulo ja participou de movimentos estudantis, e isso serviu como aprendizado. Durante dez anos lecionou na Unianchieta, e atualmente dá aulas no Leonardo Da Vinci.
O PSOL foi fundado em 2004, e um ano depois teve registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nasceu por dissidência dentro do PT, considerado pelos dissidentes conservador e de direita. O diretório nacional é presidido por Luiz Araújo; em Jundiaí, a presidência é de Cleofas Teixeira Barbosa.
